De acordo com o dicionário da língua portuguesa, Aurélio, impressão significa:

“Mecanismo de reprodução que, por pressão ou contato, transfere tinta de uma superfície para outra”, sendo esse o principal mecanismo empregado na produção de gravuras.

A gravura trata da transferência da imagem de uma matriz para outro suporte, seja ele papel, plástico, metal ou tecido, permitindo a reprodução de um único desenho em várias cópias. Dessa forma, uma gravura é considerada original quando resultado direto da matriz criada pelo artista, que com essa base imprime a imagem em exemplares iguais, numerados e assinados. O material das matrizes também varia, entre madeira, metal, pedra ou tela. O desenvolvimento da gravura foi muito importante para a circulação de informações no Ocidente, especialmente a partir do século XV, quando o papel ficou mais acessível. Já no fim do século XVI encontramos a gravura de reprodução documentando o descobrimento do Novo Mundo; temos também as primeiras gravuras registrando estudos científicos de anatomia, botânica, zoologia, etc. As gravuras em madeira no Oriente – China e Japão – desde muitos séculos serviam a um propósito distinto àquele das imagens no Ocidente.

Nesse momento conturbado que o mundo atravessa, por conta da pandemia, muitos de nós temos sentido todo tipo de pressão. Pensando nisso, o Núcleo de Gravura do Tocantins – NUGRATO, resolveu propor a exposição virtual (IM)PRESSÕES Latinas: exposição de gravuras em sítio. A exposição reúne 41 artistas gravadores da Argentina, Brasil, México, Uruguai e Venezuela que apresentam gravuras nas mais variadas obras e temas. 

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A exposição busca evidenciar através dos trabalhos, como nós, artistas latino-americanos estamos lidando com as dificuldades ora vividas. É quase como se os artistas fossem as próprias matrizes, que ante a tantas pressões, não cedem e ao mesmo tempo multiplicam suas próprias impressões sobre a vida.

Sejamos (IM)pressões. Sejamos gravuras. Sejamos ARTE.